Proteção Respiratória

4.1 Introdução A avaliação completa dos riscos inclui três etapas: a) avaliação dos perigos no ambiente; b) avaliação da adequação do respirador à exposição; c) avaliação da adequação do respirador à tarefa, ao usuário e ao ambiente de trabalho. A análise dos parâmetros nessas etapas deve ser realizada antes de serem iniciadas as tarefas, sejam de rotina ou de emergência, e repetida quando as condições de trabalho se alterarem. 4.2 Avaliação dos perigos no ambiente de trabalho A avaliação desses perigos deve ser feita obedecendo as seguintes etapas: a) determinar se existe risco potencial de deficiência de oxigênio. Quando existir, determinar o nível de oxigênio mais baixo que possa ocorrer em trabalhos de rotina ou em emergência; b) identificar os contaminantes que possam estar presentes no ambiente de trabalho e seu estado físico (particulado, gás, vapor). Todas as substâncias utilizadas, produzidas ou armazenadas, matérias-primas, impurezas relevantes, produtos finais, subprodutos e resíduos, devem ser conhecidas através da análise cuidadosa do processo de trabalho e as informações relativas às propriedades perigosas e à toxicidade dessas substâncias podem ser obtidas nas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Quando o contaminante não puder ser identificado e não existirem orientações claras, o perigo deve ser considerado desconhecido e a atmosfera deve ser considerada IPVS. Deve ser verificado também se a pressão de vapor de cada contaminante, que indica maior ou menor quantidade de vapor gerado por um líquido ou um sólido, é significativa na máxima temperatura prevista no ambiente de trabalho; c) determinar se existe óleo presente no caso de contaminantes particulados. Se a presença de aerossol oleoso é desconhecida, será assumido como existente. Exemplos de atividades conhecidas por produzirem aerossol oleoso incluem o uso de compressor de ar com lubrificantes oleosos e a operação de veículos com motor de combustão interna. A presença de óleo no ar pode ser determinada pelo método NIOSH 5026 (oil mist, mineral); d) identificar o limite de tolerância, ou qualquer outro limite de exposição, ou estimar a toxidade dos contaminantes. Verificar se existe concentração IPVS para os contaminantes; e) determinar se existem legislação específica para os contaminantes, a seleção do respirador dependerá desses regulamentos; f) medir a concentração dos contaminantes na condição de exposição ocupacional mais crítica prevista nas operações de rotina, emergência, resgate ou escape, obedecendo às boas práticas de Higiene Ocupacional; g) determinar a possibilidade de ocorrência de condições IPVS; h) determinar se os contaminantes presentes podem ser absorvidos pela pele, se produzem sensibilização, se são radioativos, irritantes ou corrosivos, carcinogênicos etc.; i) determinar se são conhecidos os limiares de odor, de paladar ou para a indução de irritação da pele para os gases e vapores contaminantes.

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